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sexta-feira, 29 de abril de 2011

O “lá ele” é uma das mais importantes expressões do idioma baianês, mais especificamente do dialeto soteropolitano baixo-vulgar. Segundo os léxicos, a expressão significa “outra pessoa, não eu” (LARIÚ, Nivaldo. Dicionário de baianês. 3ª ed. rev. e ampl. Salvador: EGBA, 2007, s/n).

A origem da expressão é ambígua. Alguns etimologistas atribuem seu surgimento às nativas do bairro da Mata Escura, enquanto outros identificam registros mais antigos no falar dos moradores do Pau Miúdo. O certo, porém é que o “lá ele” desempenha papel fundamental em um dos aspectos mais importantes da cultura da primeira capital do Brasil – a subcultura urbana do duplo sentido.
Desde a mais tenra infância, os naturais da Soterópolis são treinados para identificar frases passíveis de dupla interpretação. Da mesma forma, os soteropolitanos aprendem desde cedo a engendrar artimanhas para que seu interlocutor profira expressões de duplo sentido.

Assim, as pessoas vivem sob constante tensão vocabular, cuidando para não fazer afirmações que possam ser deturpadas pelo interlocutor. Para indivíduos do sexo masculino, por exemplo, é vedado conjugar na primeira pessoa inocentes verbos como “dar”, “sentar”,”receber”, “cair”, “chupar” etc. O interlocutor sempre estará atento para,ao primeiro deslize, destruir a reputação de quem pronunciou a palavra proibida.

Como antídoto para a incômoda prática, o “lá ele” surgiu como uma ferramenta indispensável na comunicação do soteropolitano. Assim, o indivíduo que falar algo sujeito a interpretações maliciosas estará a salvo se, imediatamente, antes da reação de seu interlocutor, falar em alto e bom som “lá ele!”
Por exemplo, qualquer homem, por mais macho que seja, terá sua orientação posta em dúvida se falar “Neste Natal comi um ótimo peru”. Contudo, se sua frase for “Neste Natal comi um ótimo peru, lá ele!”, não haverá qualquer problema. No mesmo diapasão, confira-se:

  1. se um colega de trabalho enviar um e-mail perguntando “vai dar para almoçar hoje?”, não se pode redarguir apenas “Sim”; deve-se responder “Vai dar lá ele. Vamos almoçar”;
  2. se, na pendência do pagamento de polpudos honorários, um advogado perguntar ao outro “Já recebeu?”, a resposta deverá ser “Recebeu lá ele. Já foi pago”;
  3. ou, ainda, se alguém tiver a desdita a desdita de nascer no citado bairro do Pau Miúdo, o que poderá transformar sua vida em um interminável festival de chacotas, deverá sempre valer-se da ressalva: “eu sou do Pau Miúdo, lá ele”
Para melhor compreensão da matéria, reproduz-se abaixo um exemplo real, ocorrido no último domingo durante a transmissão de futebol:
  • Locutor: “Subiu o cartão amarelo?”
  • Repórter: “Subiu o amarelo e o vermelho.”
  • Locutor: “Mas você está vendo subir tudo!”
  • Repórter: “Lá ele!”

Note-se que o “lá ele” pode sofrer variações de gênero e número, de acordo com a palavra que se pretende neutralizar. Se, antes de uma sessão do TJBA, alguém perguntar “Você conhece os membros da turma julgadora?”, deve-se objetar com veemência: “Lá eles!”. Ou se o cidadão for à Sorveteria da Ribeira e lhe perguntarem “Quantas bolas o senhor deseja?”, é de todo recomendável que se responda “Duas, lá elas, por favor”.

A cultura duplo sentido oferece outros fenômenos da comunicação interpessoal. Veja-se, a título de ilustração, o sufixo “ives”.
Em Salvador, não se pode falar palavras terminadas em “u”, principalmente as oxítonas. Independentemente de sexo, idade ou classe social, o indivíduo poderá ser mandado para aquele lugar (lá ele). A pronúncia de uma palavra que dê (lá ela) rima com o nome popular do esfíncter (lá ele) será prontamente rebatida com a amável sugestão.

Para fazer face ao problema, a vogal “u” passou a ser costumeiramente substituída pelo sufixo “ives”.
Destarte, o capitão da Seleção de 2002 é tratado como “Cafives”; o Estádio de Pituaçu virou “Pituacives”; o bairro do Curuzu se tornou “Curuzives”; a capital de Sergipe sói ser chamada de”Aracajives”; e as pessoas que atendiam pela alcunha de Babu, com frequência utilizada na Bahia para apelidar carinhosamente pessoas de feições simiescas, há muito tempo passaram a ser chamadas de “Babives”.

“Autor tão desconhecido, quanto genial”

sexta-feira, 22 de abril de 2011



Lembro-me sem saudades do meu tempo de pimpolho newbie... Eu via falar do tal "Tom cat" e imaginava: "Que miseéria é um tom cat? Pra que serve? é de passar no cabelo?". É garotenhos e garotenhas... É verdade... Mas, o tempo passou, <exagero>o papai aqui virou modafoca e hoje administração de Tomcat pra mim é é farinha no meu prato de feijão</exagero> heheheheh.


Então, vamos comer?
Nesse tuto vamos instalar o Apache Tomcat e configurar o SSL, para o uso do HTTPS. Nada tenso, podem ficar tranquilos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Esse ano o Flisol foi mais que especial, Veio acompanhado por dois amigos de peso: O prático GNOME e o nosso saudoso openSUSE. Flisol é sempre um evento ímpar, momento de rever amigos que geralmente só reencontramos em eventos de software livre. Eu mesmo tenho vários destes, como é o caso do mestre Aurélio "aurium" Heckert, o Cristiano Furtado (Ekaaty), Vitor Vilas Boas (Fedora) entre outros. O público foi muito bom também, lotamos um auditório com capacidade para 200 pessoas e ainda tínhamos outras duas salas, uma para eventos de sysadmins e outra para a galera de desenvolvimento.


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Estava eu logado (contra vontade, diga-se de passagem) no Skype, quando do nada me aparece alguém me chamando no Skype. Era o Update Help, cheio de **boas intenções**... Eu, mui atencioso, dei-lhe atenção. Segue.



Pegadinha Fails. GNU/Linux rlz! openSUSE Rocks!
;)

sábado, 2 de abril de 2011

E aé meus papitos! Ta foda essa minha frequência de postagens, mas vou ver se tomo vergonha...
Enfim... O assunto hoje é esse super evento que estamos promovendo aqui em Salvador/BBMP



Seguinte:
No dia 09 de Abril acontecerá na Faculdade Dom Pedro II esses 3 super eventos:

  • FLISOL: Festival Latinoamericano de Instlação de Software Livre 2011
  • GNOME3 Launch Party
  • openSUSE 11.4 Release Party

Eu, Rafa (Fedora), Antonio Brito e o "ACM" (professores da Faculdade Dom Pedro II), esperamos que vocês gostem e que aproveitem esse evento, que é um dos principais do calendário de eventos de software livre.
Ontem (Primeiro de Abril, 2011) chegaram as 200 mídias de DVDs que eu pedi para a equipe de Marketing do openSUSE - e não foi mentira :D. Rafa disse que vai rolar mídias do Ubuntu também! Não sei com relação ao Fedora, mas acho que vai ter também :). Está pra chegar também um promo material do GNOME3, esse tá vindo da China! Será que chega a tempo? Vamos aguardar :D !!!

Então... Convidamos todos os interessados por software livre, principalmente os iniciantes, para esse evento que visa, primeiramente, divulgar o software livre para os leigos e, como sempre, congregar os companheiros da comunidade.

Teremos um auditório principal, com atividades voltadas para iniciantes e duas outras salas com palestras voltadas para o público de desenvolvimento e outra para Administradores de infraestrutura (SysAdmin).


Dentre as palestras, vai rolar uma de PABX com Asterisk, com o meu brother Joelson Soares, como última palestra na sala de SysAdmins, não percam!
A minha será as 15hrs, na sala principal. Falarei sobre o openSUSE 11.4 e o suseSTUDIO, espero que dê tempo de falar tudo hehe :D
No mesmo horário, vai rolar a do Sandro Andrade, que também é openSUSE! (assim me disseram hehe). O tema será "O Futuro do Ecosistema KDE: Implicações, Consistências e Expectativas".
A de Rafael Gomes será as 11 horas com o tema "Monitoramento de Ativos com Soluções Livres". Cheiro de Zabbix no ar...
Tem também o Cristiano Furtado falando sobre o "Ekaaty - Um Projeto Brasileiro" e o mestre Aurélio Heckert, falando sobre "Trabalho Gráfico Usando Software Livre".

Bom, deu pra ver que vai ser um dia movimentado! Espero que seja um sucesso e que os amigos apareçam! Conto com todos.

Gervásio.

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